Em 1817, aos 28 anos, chega ao Brasil o francês Jean Antoine Félix
Dissandes de Monlevade. Ao aportar no Rio de Janeiro, ele segue viagem
para a província de Minas Gerais, estado que ele aponta como um grande
campo de estudo na área de mineralogia e geologia, visto que ele era
engenheiro de Minas.

Com o vasto conhecimento que Jean de Monlevade adquiriu através de seus
estudos e a aquisição de vários equipamentos comprados na Inglaterra, a
fábrica criada por ele prosperou. Tornou-se um das mais importantes no
período imperial com uma produção diversificada, produzindo desde
enxadas até freios para animais.
Na década de 1930, houve a construção da Companhia Siderúrgica Belgo
Mineira definitivamente implantada em 1935 com a ajuda de outro
pioneiro, o engenheiro Louis Ensh.
Logo, o Distrito começou seu ciclo de evolução, desenvolvendo-se no
entorno da próspera usina siderúrgica que atraia um número de pessoas
cada vez maior, visto que já alcançava âmbito nacional. Com isso, o
lugar tornou-se propício para a entrada e novos comerciantes,
consequentemente a criação de novos bairros ao redor da indústria.
Hoje, a usina é considerada uma das mais importantes do Brasil, sendo
uma das fontes de renda mais relevantes para a cidade e região.
Até a década de 1960, as antigas terras de João Monlevade, então centro
Industrial do Distrito de Rio Piracicaba e Carneirinhos, progrediram de
forma surpreendente, com a construção civil aquecida, um comércio
emergente, nova paróquia e a construção do moderno Colégio Kennedy.
Toda essa movimentação suscitou o empenho das grandes lideranças locais
em prol da emancipação político/administrativa do distrito de João
Monlevade. A partir da emancipação o município progrediu de maneira
significativa. João Monlevade de hoje guarda muito pouco das antigas
sesmarias do francês Jean Monlevade.
O Velho Solar, relíquia preciosa de nossa história cuidadosa e
inteligentemente preservada pela ArcelorMittal, testemunhou o
desenvolvimento urbano da cidade que cresce para frente, para os lados e
para cima. Testemunha silenciosa, o Solar viu espalhar-se através da
topografia irregular de suas terras o casario numeroso, marcado pelas
avenidas Getúlio Vargas e Wilson Alvarenga, Armando Fajardo e Alberto
Lima, os novos caminhos do progresso e do desenvolvimento.
Constituída inicialmente de colônias provenientes de muitas cidades da
região, a população vai gradativamente assumindo uma nova identidade: o
“Ser Monlevadense”, cristalizado nas novas gerações que aqui nasceram e
aqui se desenvolvem, construindo cultura e tradições próprias, sem se
esquecer de preservar a memória de um passado tão rico e variado. Estas
novas gerações já produzem seus líderes e mentores, destacando-se em
diversos segmentos como: saúde, educação, administração pública, arte em
geral, cultura e política. É a cidade que cresce, se solidifica e se
eterniza.
A Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, hoje, ArcelorMittal, imperou
sozinha durante várias décadas e assistiu ao aparecimento de inúmeros
outros estabelecimentos industriais de pequeno e médio porte.
Aliados a um comércio que cresce a cada dia, nossos estabelecimentos
industriais impulsionam o desenvolvimento do município, através do
trabalho atuante da Associação Comercial e Industrial de João Monlevade.
Sintonizados com os novos tempos a iniciativa privada se desenvolve e
investe no município e surgem clínicas médicas e odontológicas, escolas e
instituições culturais com as mais variadas opções de crescimento
pessoal. Pequenas empresas e novos hotéis se estabelecem, fazendo uma
profissão de fé no futuro e no crescimento da cidade.
Destaque-se, ainda, a consolidação do ensino superior, representado
pelos diversos cursos do IES-Funcec, Faculdade Kennedy, Universidade
Federal de Ouro Preto, e Universidade do Estado de Minas Gerais, além de
uma unidade da Universidade Aberta do Brasil.
Fonte: http://www.pmjm.mg.gov.br/mat_vis.aspx?cd=6507
Fotos de João Monlevade
Igreja São José Operário

Cidade de João Monlevade
Cidade de João Monlevade
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